Por caminhos tortos, viera a cair num destino de mulher. O homem com quem casara era homem verdadeiro, os filhos que tivera eram filhos verdadeiros. Sua juventude parecia-lhe estranha como uma doença de vida. Continue lendo
"Como pudera ela dar à luz aqueles seres risonhos fracos, sem austeridade? O rancor roncava no seu peito vazio. Uns comunistas, era o que eram; uns comunistas. Olhou-os com sua cólera de velha. Pareciam ratos se acotovelando, a sua família." Continue lendo
"Eu queria deixar minha casa, minha avó e seus cuidados. Estava farto de chegar a horas certas, de ouvir reclamações; de ser vigiado, contemplado, querido. Sim, também a afeição de minha avó incomodava-me." Continue lendo
"Moço, me dá um cigarro? Moço! Moço me dá um cigarro?" Diante de mim estava um coelhinho cinzento. Continue lendo
"Agora tudo é silêncio. Clara não se move, não pode fazê-lo. É um ser sem vontade própria, envolto pela escuridão que o acolhe. Nada vê. Mas todo seu corpo está à espreita, aguardando, pressentindo." Continue lendo
"Mas já vi que não dou sorte com mulher, torcem logo o nariz quando ficam sabendo que engulo gilete, acho que ficam com medo de se cortar..." Continue lendo
Tive um sentimento de que nunca ouvi falar. Por puro carinho, eu me senti a mãe de Deus, da Terra, do mundo. Continue lendo
Não tentarei fazer-me perdoar. Tentarei não acusar. Aconteceu simplesmente. Continue lendo
Neste curtíssimo e contundente conto de Victor Giudice, "O Arquivo", conhecemos o diligente funcionário joão (assim mesmo, em minúscula), peça de um maquinário corporativo kafkiano - em uma realidade mais ou menos fantástica, mas bastante semelhante com a nossa. Continue lendo
Começou a ficar escuro e ela teve medo. Esperou um momento em que ninguém passava para dizer com toda a força: "Você não voltará." Continue lendo