A Pequena Sereia (2023) vs. A Pequena Sereia (1989) - Uma Crítica Excruciante do Filme | Fantástica Cultural

Artigo A Pequena Sereia (2023) vs. A Pequena Sereia (1989) - Uma Crítica Excruciante do Filme
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A Pequena Sereia (2023) vs. A Pequena Sereia (1989) - Uma Crítica Excruciante do Filme

Por Paulo Nunes ⋅ 1 jun. 2023
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Será que a Disney acertou uma?

ariel a pequena sereia 2023 4

O desastre parecia iminente. A julgar pela reação de muita gente aos trailers e ao material publicitário da nova versão de A Pequena Sereia, o filme estava fadado a naufragar no dia da estreia. Seria mais um remake "copia e cola", sem alma, sem visão, sem talento, sem originalidade — enfim, uma obra estéril, produzida apenas para gerar receita fácil, capitalizando em nostalgia e na genialidade da produção original.

Ao assistir ao filme, porém, fiquei um tanto surpreso.

1. Não, não é melhor que o original

Ariel & Ariel
Ariel & Ariel

Você esperava o quê? Seria quase impossível superar a versão anterior.

Apenas uma fração da mágica que encontramos na animação de 1989 está presente no remake. Talvez seja a música, em especial a melodia que representa a voz mágica de Ariel, que é idêntica ao filme original, e que evoca uma sensação de encantamento hipnotizante. Talvez seja a própria ambientação da narrativa: o fundo no mar, cenário exótico, para nós alienígena — território desconhecido e fantástico, mas também perigoso.

Para quem nunca assistiu à animação de 1989, esta nova versão provavelmente parecerá melhor do que realmente é. Isto porque quase todos os méritos do remake são emprestados do filme original. As canções memoráveis são as mesmas; boa parte das sequências de cenas, diálogos criativos, ritmos de edição, ângulos de câmera e até a coreografia dos personagens é cópia direta da animação.

Assim, quem não conhece o filme original poderá se maravilhar com o remake e dar-lhe uma nota 7, 8 ou 9, mas o que este espectador está fazendo, na verdade, é dando a nota para o filme errado, pois sua aprovação refere-se às ideias e à execução da animação. Se retirássemos do remake a genialidade do primeiro filme, o que sobraria?

2. Nada substitui um bom cartoon

Sebastião - live action vs. desenho animado
Sebastião - live action vs. desenho animado

Você já deve ter notado que os personagens realistas destes remakes da Disney nunca alcançam a expressividade cativante dos originais animados. Mas isso não é culpa dos animadores de computação gráfica.

O fato é que peixes não sorriem, caranguejos não falam, gaivotas não cantam. Ao optar pelo realismo, os animadores se veem limitados na hora de traduzir as emoções dos personagens na tela. Portanto, é inevitável: os desenhos animados conseguem expressar melhor o humor dos personagens, em especial animais e até objetos inanimados, conferindo-lhes uma gama incrível de sentimentos e humores. De fato, esta capacidade de traduzir sentimentos Você também pode gostar: Conto de Fadas Completo: A Pequena Sereia, de Hans Christian Andersen parece maior nos cartoons do que em live action, pois pelo traço desenhado pode-se exagerar as expressões e os gestos dos personagens. Em especial para crianças, o efeito deste exagero é particularmente fascinante.

Um dos resultados deste fotorrealismo e maior seriedade é a desqualificação das coreografias que acompanham as canções: os animais marinhos já não podem tocar instrumentos, porque seria bobo demais, e não conseguimos distinguir bem as expressões do caranguejo Sebastião ao cantar e reger sua sinfonia. Com isso, o remake não perde a oportunidade de aproveitar um dos pontos fortes do original: o carisma de Sebastião.

3. Avaliações de vento em popa, bilheteria à deriva

Apesar de sua bilheteria internacional ter sido mais fraca do que o esperado, A Pequena Sereia de 2023 parece estar agradando a maior parte dos espectadores, em especial nos Estados Unidos.

Enquanto outros remakes recentes como Peter Pan e Wendy e Pinóquio receberam desaprovação retumbante de público (Peter Pan recebeu abismosos 11% de aprovação no Rotten Tomatoes, e Pinóquio não passou de 27%), A Pequena Sereia rompeu a tradição que vinha se formando e — surpreendentemente — satisfez aos nostálgicos fãs da Disney e às plateias em geral, alcançando 95% de aprovação (nota referente ao "público verificado" pelo Rotten Tomatoes; a nota do público em geral — isto é, de todos os que votaram — é de 57%).

Avaliações dos remakes no Rotten Tomatoes
Avaliações dos remakes no Rotten Tomatoes

Seja qual for o consenso verdadeiro do público (se 95% ou 57%), o que ficou claro é que os espectadores fora dos Estados Unidos se mostraram pouco receptivos ao filme, em especial na China. O The Global Times explica o fenômeno nos seguintes termos:

Muitos internautas chineses disseram que, assim como Branca de Neve, a imagem da princesa sereia nos contos de fadas de Hans Christian Andersen há muito está enraizada em seus corações e é preciso um esforço de imaginação para aceitar o novo elenco [isto é, a etnia alterada dos atores/atrizes]. ... A controvérsia em torno da inclusão forçada de minorias em filmes clássicos da Disney não é sobre racismo, mas sua estratégia preguiçosa e irresponsável de contar histórias.
— The Global Times.

4. A liquidez de raças e sexos

As sete sereias irmãs
As sete sereias irmãs

É claro que, sendo um produto Disney pós-2010, os preceitos da diversidade, do feminismo e da desconstrução de estereótipos estão presentes em A Pequena Sereia.

Já há vários anos, a a agenda DEI (diversidade, equidade e inclusão) é parte integral de Hollywood, e esta é a razão para a "troca de etnia" de Ariel. Em qualquer outro momento histórico, o óbvio seria escolher uma atriz de etnia semelhante à da personagem original, isto é, branca e ruiva, conforme imaginado por Hans Christian Andersen na fábula dinamarquesa original. Em 2023, porém, isso seria um sacrilégio.

De qualquer forma, o carisma da nova Ariel, Halle Bailey, parece ter conquistado boa parte do público. Sendo uma atriz inexperiente, Bailey desaponta em sua atuação — sua gama de expressões é terrivelmente limitada, se compararmos com a Ariel da animação, ou com atrizes mais experientes. Ainda assim, é fácil simpatizar com ela, e sua performance nas canções é um de seus pontos fortes.

Agora, vamos discutir a etnia humana de sereias, por mais absurdo que seja este tópico.

O Rei Tritão, pai de Ariel, possui sete filhas, uma de capa etnia. Devemos ignorar essa peculiar diversidade, ou assumir que Tritão tem procriado com diversas sereias — sete filhas, uma concebida em cada um dos sete mares?

Sabidona e o garfo
Sabidona e o garfo

Outro aspecto estranho, também atribuível às diretrizes da DEI, é que a mãe adotiva do Príncipe Eric, a Rainha, é uma mulher negra — isto com a narrativa ambientada durante o auge do tráfico negreiro. Deduz-se daí que, nesta versão de A Pequena Sereia, a história da humanidade transcorreu diferente: não existia escravidão, e pessoas de qualquer etnia poderiam se tornar reis ou rainhas de colônias europeias com a do filme (embora, na realidade, nenhum rei ou rainha vivesse nas colônias, apenas nas metrópoles, na Europa).

E não esqueçamos da gaivota Sabidão, um macho, que agora é a Sabichona — fêmea. Sua troca de sexo não afeta em nada a história, exceto pelo fato de Sabichona ser outro personagem, e não uma adaptação do original. Até a espécie de ave é outra.

5. Rei Tritão junta-se ao Greenpeace

Rei Tritão - Javier Bardem
Rei Tritão - Javier Bardem

Agora para agradar aos ambientalistas e a Agenda 21, assistimos ao Rei Tritão detratando a espécie humana por "poluir e destruir o fundo do mar", isto numa época em que só existiam navios de madeira (literalmente feitos de plantas). Navios que, ao naufragarem, iriam se tornar abrigo para todo tipo de fauna e flora marinha.

Mas Tritão não quer saber de nada disso. Ele se enfurece porque um pequeno navio afundou sobre os corais e "os matou" — como se o mesmo não fosse acontecer se o que caísse fosse uma baleia morta de velhice. Além de seu ambientalismo anacrônico, o Rei Tritão não esconde seu racismo anti-humanos. Mas não usemos isso contra ele: sua esposa (uma delas, pelo menos, pois aparentemente ele teve filhas com sete mulheres diferentes) foi assassinada por um ser humano.

6. Sereia assexual

Sensual demais para a Disney moderna
Sensual demais para a Disney moderna

O romance deixa muito a desejar. Ou nada a desejar.

Eis o dilema da Disney: como refilmar um história de romance, sem de fato refilmar o romance? Difícil desafio.

Se você está confuso, talvez o título desta matéria esclareça o problema: "O remake de A Pequena Sereia atualiza canções enfatizando o empoderamento feminino". Ou este outro: "A pequena sereia não mais deixará o oceano em busca de amor". Percebeu?

O dilema é que a animação original não era feminista, e que a paixão de Ariel pelo Príncipe Eric destoa dos preceitos do ativismo progressista atual.

Na animação original, Ariel apaixona-se pelo Príncipe Eric à primeira vista: seus olhos arregalam-se, brilhando, e ela comenta: "Ele é muito bonito!" Mais tarde, ela volta a confessar: "Ele é tão lindo..." — isto enquanto o pobre Príncipe está desacordado. Ao voltar para o mar, ela passa a suspirar de paixão para onde quer que vá, e chega a brincar de "bem me quer, mal me quer" com uma flor do mar.

Tudo isso, é claro, foi removido da nova versão.

E não para por aí. Não, nem de longe. Enquanto na animação, Ariel mostra-se sedenta pela atenção do Príncipe, querendo tocá-lo e beijá-lo a todo custo, no remake ela parece quase indiferente. O enrede obriga o filme a incluir o beijo, que é o modo de quebrar o feitiço de Úrsula, mas estas cenas parecem ser gravadas a contragosto.

Ainda na animação, notamos que Ariel fica radiante quando vê ou se aproxima do Príncipe. Antes de se transformar em humana, ela confessa a seu pai: "eu o amo!" Obviamente, esta fala foi cortada do remake também, substituída por outra. A diretriz feminista é simples: a motivação de uma protagonista feminina jamais pode ser seu interesse, seu amor ou sua atração por um homem — afinal, onde já se viu tal coisa no mundo real?

Será que ela gosta dele?
Será que ela gosta dele?

Outro detalhe: na animação, o Príncipe recebe de presente de aniversário uma estátua representando ele mesmo; com o naufrágio do navio, a estátua cai no fundo do oceano, e Ariel passa a contemplá-la como se flertasse com ela, visivelmente atraída e apaixonada. No remake, a estátua não representa Eric, e Ariel a trata apenas como uma relíquia.

Isso acaba tornando Ariel assexual. A pequena sereia original é sensual, apaixonada e apaixonante. Ela é feminina: quando Ariel veste roupas pela primeira vez (na verdade, um trapo sujo encontrado à beira-mar), a gaivota elogia sua aparência, e ela começa a posar provocativamente, sentindo-se linda e atraente. Em suas interações com Eric, é palpável a tensão romântica — vinda principalmente dela — no desenho animado. Em seu primeiro encontro com o Príncipe fora d'água, Ariel ajeita os cabelos depressa, de forma provocativa, a fim de seduzi-lo. Mas tudo isso apenas no desenho animado. Em 2023, ao que tudo indica, a lição da Disney às meninas e mulheres é a negação da paixão e da sexualidade.

O olhar entediado e indiferente da paixão verdadeira
O olhar entediado e indiferente da paixão verdadeira

E a seguir, a cena mais politicamente incorreta da animação, arrancada por completo do remake (quando a feiticeira oferece à Ariel a possibilidade de se tornar humana para sempre, com a condição de que arrancasse um beijo do Príncipe Eric em no máximo três dias):

— Se eu me tornar humana — diz Ariel —, nunca mais verei meu pai e minhas irmãs.
— Tem razão — responde a feiticeira. — Mas terá o seu homem.
— Mas sem minha voz, como posso [atrair o Príncipe]?
— Você terá sua aparência, seu belo rosto. E não subestime a importância da linguagem do corpo. O homem abomina tagarelas. Garota caladinha ele adora. Se a mulher ficar falando, o dia inteiro fofocando, o homem se zanga, diz adeus e vai embora. Sabe quem é mais querida? É a garota retraída. E só as bem quietinhas vão casar.

Que estas falas politicamente incorretas tenham vindo da vilã não faz qualquer diferença. A censura é obrigatória.

7. Ninguém consultou James Cameron

Nenhuma gota d´água foi usada nesta cena
Nenhuma gota d´água foi usada nesta cena

Em comparação a outros remakes recentes, os efeitos especiais de A Pequena Sereia são bastante convincentes. Isto é: alguns deles.

As cenas de close em Sebastião, o caranguejo, ou na "gaivota" revelam modelos tridimensionais extremamente bem detalhados, com texturas, cores, formas e iluminação impecáveis. No fundo do mar, porém, a sensação é de constante artificialidade. Já os efeitos especiais aplicados nos cabelos dos personagens no fundo do mar, que precisam ondular com o fluxo d´água, não são dos melhores — mas se você não prestar atenção, não notará nada de errado.

Um aspecto crucial, porém, falhou de todo: nenhum personagem parece estar de fato embaixo d´água. Enquanto James Cameron, em Avatar: O Caminho da Água, alcançou os limites do realismo aquático, A Pequena Sereia contentou-se em aplicar um filtro azulado sobre os atores, com eventuais flutuações de luz. Nas cenas em close, em especial, a ausência de água é inteiramente óbvia.

Outra dificuldade foi a movimentação das sereias, que em diversas cenas parece desengonçada, em vez de fluida e natural.

Flounder - live action vs. desenho animado
Flounder - live action vs. desenho animado

Ah, e o pobre peixe Flounder, na animação com cores vivas, gorducho e simpático, agora foi transformado em um peixe fino e cinzento, idêntico a qualquer outro, com uma boca de argola (para não usar comparação pior). O que fizeram com meu menino?

8. Elenco flutuante

Úrsula - Melissa McCarthy
Úrsula - Melissa McCarthy

Já vimos que a atuação de Halle Bailey não é das melhores, mas sua presença diante da câmera sem dúvida transmite alegria, deslumbre e deleite. A impressão que tive é que a atriz estava se divertindo bastante nas gravações.

O veterano Javier Bardem, como Rei Tritão, parece fazer pouco esforço para entregar a segunda melhor atuação do filme. Isto porque a primeira, surpreendentemente, é a da comediante Melissa McCarthy, no papel da feiticeira Úrsula. Para muitos, o nome Melissa McCarthy é sinônimo de comédia ruim e feminismo forçado, mas em A Pequena Sereia, a atriz encarna toda a personalidade, vilania e estilo da personagem original.

E quanto a Jonah Hauer-King, o Príncipe Eric, pode-se dizer que ele esteve no filme, e não muito mais que isso. Seu único pecado foi sua canção solo choramingona, embora nada se compare aos horrores do rap da gaivota (uma das piores músicas jamais gravadas pela humanidade, adição com que nos brinda o remake).

9. Masculinidade inofensiva

Príncipe Eric e Ariel
Príncipe Eric e Ariel

Caso você não tenha notado, a Disney não é fã de personagens masculinos fortes. Nenhum novo é criado, e todos os já existentes levam chute no saco (às vezes literalmente) de mulheres, são humilhados por mulheres, mostram-se menos capazes que mulheres, e por aí vai.

Seguindo a tendência, A Pequena Sereia adota outro clichê da agenda DEI: a suavização da masculinidade, até o ponto de torná-la insossa e irreconhecível. Príncipe Eric, no remake, não possui qualquer carisma, vigor ou atitude. Não é à toa que, nesta versão, Ariel não se apaixona por ele: o pobre homem foi transformado em um bundão.

Seria esperado que Ariel tentasse beijá-lo a todo custo, visto que o beijo é crucial para que ela continue sendo humana, e mantenha suas pernas. Porém, para isto seria preciso filmar cenas em que Ariel tenta seduzir o Príncipe, o que não pode acontecer em um filme feminista. Assim, os roteiristas inventam o "feitiço do esquecimento", para explicar por que Ariel não tenta beijar Eric. A partir disso, os papéis se invertem, e é Eric que anseia pelo beijo.

10. E a ruína ao final é completa

Finalmente, chegamos ao final — e aos spoilers.

Seu script foi atualizado com sucesso
Seu script foi atualizado com sucesso

Você esperava que, como na animação, o Príncipe Eric salvaria Ariel, matando Úrsula? Ora, que ingenuidade. Eric é um homem, afinal. Desta vez, é Ariel quem sobe em um navio, toma o leme e manobra a embarcação contra a feiticeira, cravando-lhe na barriga a ponta afiada da proa.

Como a sereia aprendeu a manobrar um navio? Não pergunte.

Na animação original, vemos Ariel salvando Eric no começo, e Eric salvando Ariel no final. Este ato, por parte do Príncipe, é que enternece o Rei Tritão, fazendo-o compreender que nem todos os humanos são maus, como os homens que mataram a mãe de Ariel.

Mas tudo isso é irrelevante, pois nunca mais um homem poderá salvar uma mulher em uma produção Disney. Talvez eles queiram nos convencer a agir da mesma forma na vida real também. Quem sabe?

Ah, e a conclusão: o casamento. Você pensou que haveria casamento?

Cena inapropriada de um casamento aos moldes patriarcais deletada do remake em prol do empoderamento feminino
Cena inapropriada de um casamento aos moldes patriarcais deletada do remake em prol do empoderamento feminino

Não, é claro que não. Meninas e mulheres fantasiando seu casamento é um clichê estereotipado que não pode mais figurar em produções Disney. No remake, Ariel e Eric não se casam, apenas partem para uma viagem.

E a última imagem da animação original é um close em Ariel e Eric se beijando, apaixonados e recém-casados. Naturalmente, algo inaceitável em um filme de 2023. No remake, vemos o "casal" em um barquinho, cada um afastado do outro. A tela escurece, e surgem os créditos. Romance assassinado com sucesso.

Veredicto

Não há qualquer necessidade de assistir a esta nova versão de A Pequena Sereia. Se você procura algo novo, e já assistiu à versão original, é melhor buscar outro filme.

Mas se você quiser comparar os dois, o experimento pode ser interessante. Afinal, por trás de toda esta custosa produção da Disney e das decisões questionáveis de produtores, diretores, roteiristas, etc., ainda encontram-se traços da inesquecível fábula de Ariel, a sereia com disforia de espécie, que com magia transformou sua cauda escamosa em pernas belas e, por alguma razão, já depiladas. E mágicas com essa são sempre bem-vindas.

sebastiao caranguejo pequena sereia 2

foto do autor

Paulo Nunes

Escritor, editor, ilustrador e pesquisador

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